Ana Maria Logatti Tositto
Você já deve ter ouvido a seguinte frase ecoando por aí: “As melhores coisas da vida não são coisas”. Pois é, a máxima não poderia ser mais acertada. Saiba que um estudo feito na Suécia chegou à mesma conclusão.
A partir de entrevistas colhidas desde 2010, pesquisadores da Lund University confirmaram que a felicidade está mais ligada a nossos relacionamentos afetivos (família, amigos e parceiros românticos) do que as coisas materiais que nos rodeiam.
Os autores afirmam que consumir já havia sido associado a uma forma de felicidade, entretanto, uma felicidade “mais passageira”, digamos. Assim, a coleta dos dados chegou à conclusão de que as pessoas atingem sentimentos de felicidade mais intensos e duradouros quando verbalizam, vivem - e pensam - a respeito de seus relacionamentos de maneira geral.
O estudo lembra, entretanto, que, apesar de não estarem associados a felicidade, os bens materiais não são imediatamente associados ao inverso, ou seja, a infelicidade.
Outro dado interessante é que esses relacionamentos, muitas vezes, não se concretizam no mundo real. Lembre-se, por exemplo, daquelas pessoas públicas que geram algum tipo de afeição - como as figuras carismáticas. Por alguma razão, ainda não muito clara, elas também parecem elevar os nossos níveis de felicidade.
Seria essa, então, uma possível razão da necessidade de conexão as redes sociais?
Enfim, o estudo continua em desenvolvimento e os pesquisadores pretendem descobrir o que faz não apenas uma pessoa, mas a sociedade como um todo, também ficar feliz. A isso eles vêm denominando percepção coletiva de felicidade.
Para os pesquisadores, essa percepção coletiva de felicidade pode ser desencadeada por outros fatores. Veja só que interessante!
Assim, também apontaram, por exemplo, que as músicas que traduzem o que sentimos em determinado momento poderiam evocar esses mesmos sentimentos.
Boas notícias sobre amigos (sim, até quando há distanciamento entre as pessoas) e mesmo presenciar situações positivas parecem contribuir de maneira direta para que as pessoas atinjam a felicidade.
Como já dissemos anteriormente, para chegar ao sentimento pleno de felicidade devemos entender que basta começar a cuidar de nós mesmos e nos empenhar na realização daquilo que pontualmente nos faz bem, pois sobre isso temos controle.
Tente, portanto, fugir dos sentimentos causados pelo consumismo. Afinal, apesar de isso não trazer tanta felicidade (como já mencionei em relação à pesquisa sueca), também não nos aproxima dela.
Quando realizamos algo que nos faz bem, isso nos sustenta emocionalmente para seguir em frente, pois desenvolvemos força e virtude, o que nos ajuda a vivenciar dignidade pessoal. Dessa forma, aumentamos nosso senso de coerência, e dos sentimentos e dos afetos positivos.
Afinal, como disse Arthur Schopenhauer: “A nossa felicidade depende mais do que temos na nossa cabeça do que em nossos bolsos”.
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