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COMUNICADO IMPORTANTE
Informamos a todos que a Uniara estará em período de recesso a partir do dia 23/12/2024, retornando às atividades no dia 02/01/2025, às 13h00.
Nos dias 23, 26, 27 e 30 de dezembro, das 09h00 às 14h00, será disponibilizado um plantão na Central de Candidato para matrículas e inscrições para o vestibular.
Atenciosamente,
Uniara
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Ana Maria Logatti Tositto*
A maioria das mulheres tem como objetivo de vida casar, ter filhos, constituir uma família, ter uma carreira, realizar-se profissionalmente e ser feliz. Muita coisa? Penso que não, tudo vai depender da forma como ela vai concretizar os seus objetivos, de modo que isso não lhe traga sofrimento.
A mulher da atualidade parece querer abraçar o mundo. Lota-se de afazeres e de obrigações, sempre cobrando de si mesma a perfeição em tudo aquilo que faz.
Passa o dia no trabalho lutando para evoluir em sua carreira, ao mesmo tempo em que pensa nas tarefas domésticas, ligando para casa e querendo saber como as coisas estão caminhando. Culpa-se porque não consegue fazer tudo da forma como planeja, como gostaria de fazer e por não ter o controle. Tudo isso acaba por gerar em si mesma um estresse acentuado, justamente porque, ao querer fazer tudo ao mesmo tempo, por desrespeito aos seus limites, acaba esquecendo-se de si mesma ou então nem sobra tempo para se cuidar.
Como conciliar a árdua jornada de trabalho com todas as tarefas de dona de casa, esposa e mãe? Como lidar com o instinto básico que está presente em todas as mulheres, de se sentir mãe de todos e aquela que resolve tudo por todos?
Este é o dilema da mulher da atualidade.
A melhor forma de viver bem deve conter um misto de obrigações e prazeres, aquilo que traz alegria e satisfação. E não venha dizer que seu prazer é ver a família bem, porque isso apenas não basta. É preciso, todos os dias, dedicar um tempo para si mesma, porque quando a mulher se cuida, sua autoestima se eleva, ela fica de bem consigo mesma e, consequentemente, lida melhor com tudo o que está a sua volta.
Uma pessoa de bem consigo mesma é, certamente, muito mais feliz e se relaciona melhor com as pessoas que a cercam, não se irrita facilmente e não sofre por não conseguir fazer tudo o que planeja. Sabe delegar tarefas e respeitar o limite das outras pessoas, percebe que não é perfeita, sabe que sempre tenta dar o melhor de si, aceita seus erros e não se culpa por eles.
O que falta para a mulher da atualidade ser mais feliz e plena é olhar um pouco mais para si mesma, ter um pouquinho mais de cuidados consigo mesma, não para agradar as pessoas a sua volta, mas para agradar a si mesma em primeiro lugar!
Penso que as mulheres buscam recursos para se apresentarem de uma forma mais bela e elegante nos diversos espaços sociais que, a tanto custo, conquistou nas últimas décadas, uma vez que isso é extremamente valorizado em todos os espaços sociais.
O ser humano é vaidoso por natureza, em um aspecto ou em outro. Nas mulheres, essa vaidade se expressa muito pela beleza. A mulher sempre usou sua beleza, provavelmente desde os tempos em que morávamos em cavernas. E por razões óbvias: a maioria esmagadora dos homens baba pela beleza feminina.
Beleza não é só a "beleza física". É abundância, fertilidade, fecundidade, encantamento, desejo, capacidade de fazer o outro sentir-se melhor na sua presença, enfim, é olhar para si e gostar do que vê, sentir-se bela em sua vida interior, amar-se independente do outro. A beleza em uma mulher faz querer entendê-la melhor, ouvi-la, ser mais generoso com ela, mais justo, enfim, ser um outro melhor. Por isso, é melhor levarmos a beleza mais a sério.
Todo o mundo é direcionado por um padrão de beleza. A sociedade, desde os tempos mais antigos, muda esse padrão ao longo das décadas; na atualidade, a busca pelo corpo perfeito tornou algo implacável e compulsivo durante os últimos anos. O medo de envelhecer é um elemento presente na sociedade moderna que implica perder a beleza, fator que torna o corpo social neonarcisista e rende-se ao consumismo.
O ser humano encontra-se em um dilema consigo mesmo; com o passar dos anos o indivíduo envelhece e com isso aparecem as rugas, a pele flácida e os cabelos brancos, entre outros. A partir disso, o corpo social rende-se ao consumo de produtos para melhorar a aparência envelhecida. Esse dilema acarreta elementos neonarcisistas que enfatizam os problemas físicos e geram a preocupação. Dessa forma, esses aspectos afligem a sociedade.
Nessa perspectiva, a busca por esse padrão tornou-se coerciva e perigosa para os membros da sociedade. Visto também que gerou aversão ao envelhecimento natural.
Penso que essa insatisfação tão frequente e intensa que existe, não só nas mulheres mas também nos homens, esteja relacionada a um padrão de beleza imposto pela sociedade, atrelada a questões de autoimagem /autoestima e falta de senso crítico em relação as influências sociais. A influência da mídia é um dos fatores que levam as pessoas a terem dismorfia corporal, anorexia, bulimia, vigorexia e manorexia. Compreende-se que estamos vivendo em uma sociedade onde o consumo é valorizado e os valores materiais e estéticos governam nossas vidas como mandamento a serem seguidos. A mídia influencia na concepção de moda, normas, comportamento e padrões de beleza, ligadas à indústria do corpo. Verifica-se uma busca pela perfeição em que homens, mulheres e adolescentes escravizam seus corpos, tendo muitas vezes mutilações, doenças, baixa autoestima, e até mesmo chegam a morte, por uma corrida pelo belo que leva as pessoas muitas vezes a não se importarem com as consequências visando somente à beleza ideal.
Cada um de nós tem a sua "autoimagem", uma percepção de como nós aparentamos ser fisicamente para os outros. As pessoas que estiverem felizes com sua autoimagem terão uma melhor probabilidade de serem autoconfiantes, mais produtivas no trabalho e nas atividades sociais, além de se sentirem mais confortáveis e seguras nos relacionamentos em geral. O contrário é verdadeiro para as pessoas que não estão satisfeitas com algum aspecto de sua aparência. A cirurgia plástica estimula e promove uma autoimagem forte e positiva. Mesmo pequenas alterações exteriores podem levar a grandes transformações no interior das pessoas, permitindo que toda a sua autoconfiança venha à tona.
Tendo em vista que a cirurgia plástica proporciona alterações importantes e permanentes, é importante que você tenha uma ideia muito clara de como a cirurgia poderá fazer você se sentir, muito antes de agendar o procedimento.
Se você está pensando em se submeter a uma cirurgia plástica, deve ser honesto com você mesmo. Por que exatamente você quer fazer a cirurgia? Quais são seus objetivos e suas expectativas quanto aos resultados?
Existem duas categorias de bons candidatos à cirurgia. A primeira inclui pessoas com uma autoestima positiva que estão incomodadas com algum aspecto físico e desejam corrigi-lo ou melhora-lo. Após a cirurgia, esses pacientes sentem-se bem com os resultados e mantém uma imagem positiva a seu respeito.
A segunda categoria é formada por pacientes com defeitos físicos ou desarranjos estéticos que ao longo do tempo foram diminuindo a sua autoestima. Estes pacientes podem se ajustar um pouco mais lentamente no pós-operatório, uma vez que a recuperação da autoimagem leva um certo tempo. Entretanto, após este período normal de adaptação, a autoestima - via de regra - sai bastante fortalecida.
É importante lembrar que a cirurgia plástica pode promover mudanças físicas e da autoestima. Se você estiver procurando a cirurgia com a esperança de promover mudanças em outra pessoa que não seja você, corre grande risco de se decepcionar. É possível que seus amigos e as pessoas que você ama respondam positivamente a modificação de sua aparência e autoconfiança, entretanto entenda e aceite que a cirurgia não causará mudanças significativas em outras pessoas que não seja você mesmo.
Nem todas as pessoas exibem o perfil ideal para uma cirurgia plástica, mesmo que existam indicações físicas absolutas para este ou aquele procedimento. Embora haja exceções, nas pessoas que poderão se beneficiar de um aconselhamento psicológico pré-operatório incluem:
*Ana Maria Logatti Tositto é psicóloga clínica e mestre em Saúde Mental pela Faculdade de Medicina - USP/Ribeirão Preto.
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