Ana Maria Logatti Tositto*
Ser um adulto saudável física e mentalmente é o que todos desejam. Entretanto, a história de vida de cada indivíduo pode mudar esse curso. Muitas vezes, a causa está na infância, quando a base da autoimagem é construída. De acordo com ela, a autoestima é a percepção e o sentimento que cada um tem por si mesmo. Isso leva a pessoa a ser capaz de confiar, de respeitar-se e gostar-se. Dessa forma, a baixa autoestima é o processo inverso.
Quem tem baixa autoestima apresenta muita insegurança, é uma pessoa inadequada em algumas relações sociais, tem necessidade muito grande de agradar os outros, é perfeccionista e nunca tem certeza em relação à tomada de decisões. Geralmente apresenta sintomas depressivos, não se permite errar, se cobra muito e tem uma enorme obrigação de aprovação e reconhecimento social.
A autoestima se desenvolve a partir da autoimagem, que começa a ser formada desde o nascimento e se estende até o final da vida, pois é sempre possível modificá-la. Porém, a base é construída no final da segunda infância, por volta dos doze anos.
Nesse primeiro momento, a autoimagem está relacionada ao que as pessoas pensam, percebem e sentem sobre a criança. É quando os sentimentos e as percepções são internalizadas no ser humano. Então, se uma criança cresce desvalorizada, a tendência é que ela tenha uma autoimagem negativa de si e desenvolva uma baixa autoestima, geralmente relacionada aos pais que não foram suficientemente competentes ao amar os filhos.
Quando a criança está no final da primeira infância, por volta dos seis anos, ela é capaz de discriminar o que pensa de si e o que o outro pensa dela, mas se ela vem de uma primeira infância já desvalorizada, com uma autoimagem negativa, isso pode ser prejudicado. Agora se ela vem bem, chega a idade escolar com uma autoimagem positiva, conseguirá discriminar o que o outro pensa dela e o que pensa de si e se posicionar. Assim, ela vai melhorar cada vez mais.
A baixa autoestima poder ser revertida, depende da idade da pessoa e dos fatores ambientais que a levaram a desenvolver esse quadro, que podem dificultar mais ou menos esse processo. Ela pode se tratar sozinha, porém, nesse caso, é fundamental existir um suporte social. Caso não haja, a ajuda da psicoterapia deve ser a melhor opção. Entretanto, os resultados serão positivos se o indivíduo quiser mudar, ele tem que dar o primeiro passo.
Se a baixa autoestima não for tratada, os sintomas depressivos aumentam, a pessoa fica cada vez mais ansiosa e tem mais dificuldade para decidir e se relacionar.
Iniciar um processo de autoconhecimento. É importante que a pessoa comece a criar um diálogo interno e faça reflexões sobre o que percebe; o que está a sua volta. Identificar se a forma como está organizando aquela informação é real ou algum sentimento está mudando essa percepção;
Lembre-se: “A pessoa mais especial e importante no mundo é você!”.
*Professora mestre, coordenadora do Centro de Psicologia Aplicada - CPA e psicóloga do Centro de Orientação Profissional - COP do Centro Universitário de Araraquara - Uniara.
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