Publicado em: 08/11/2024
O aluno do terceiro ano do curso de Design de Moda da Universidade de Araraquara - Uniara, Fabiano Bernarde, apresentou o painel “Estética afrofuturista e suas potencialidades aplicadas ao design de moda” durante o XIX Congresso de Iniciação Científica – CIC da instituição, que foi realizado entre os dias 5 e 8 de novembro, na unidade II da universidade. O trabalho foi orientador pelo docente Eduardo Donato Alves.
Bernarde explica que, “atualmente, o conceito de afrofuturismo vem ganhado destaque nos mais diversos meios de produção artística e conhecimento do saber como, por exemplo, nas artes visuais e literárias”. “Em 2019, na Casa da Cultura, e em 2022 no SESC, tivemos uma residência artística, cuja finalidade era construir looks a partir de roupas usadas e reciclagem com inspiração afrofuturistas. Na primeira edição, chamada ‘Encruzilhada Futurista’, surgiu o meu interesse pelo tema. Desde então, adoto as práticas e ensinamento do afrofuturismo. Dessa forma, desenvolver esse material de conhecimento acadêmico é de suma importância para reflexão e novos olhares para um futuro sem preconceito, racismo e opressão”, relata.
De acordo com ele, “o trabalho pretende explorar, instigar e entender as mais diversas formas da estética afrofuturista aplicadas ao Design de Moda brasileiro, trazendo à tona a desconstrução de uma moda de matriz eurocentrada e hegemônica, dando seu valor destaque as práticas e saberes produzidos pela herança africana e suas diásporas”. “E, diante disso, traçar seus aspectos decoloniais de valores estéticos, políticos e sociais, que estão fortemente atrelados ao um multifacetado movimento afrofuturista que, na busca de pertencimento, valorização e igualdade, criam estratégias e ressignifica a arte de produzir moda”, explica o aluno.
Bernarde lembra que “a orientação de Eduardo foi muito importante para fundamentar todas as ideias e colocá-las em prática e, lógico, dar o incentivo para eu não desistir durante a etapa do projeto”. “De fato, a Uniara estimula e oferece diversas abordagens práticas e teóricas. E isso reflete na formação de cada indivíduo. A base da minha formação profissional se dá por conta das habilidades adquiridas ao longo do curso”, ressalta.
“Foi bem gratificante orientar o trabalho do Fabiano. Ele é um aluno muito bom, aplicado e bem engajado. Teve a iniciativa e me procurou dizendo que já tinha a ideia do projeto e alguma coisa escrita, pedindo se eu poderia orientá-lo no trabalho porque queria participar do Congresso de Iniciação Científica. Me mandou o material que ele tinha e eu ajudei a moldá-lo de acordo com o que pedia para CIC. Conversando com ele durante a apresentação, ele me disse que ficou extremamente feliz”, finaliza Alves.
Para a coordenadora do curso, Viviane Xavier Ferreira “atualmente, o conceito de afrofuturismo vem ganhando destaque nos mais diversos meios de produção artística e conhecimento do saber. Mas essas produções tanto na moda, na publicidade, na literatura, no cinema e demais meios de comunicação, não tem tido o reconhecimento e notoriedade como em produções eurocêntricas”. “Adotar as práticas e ensinamentos do afrofuturismo é demonstrar as possibilidades e experimentações deste movimento na moda”, finaliza.
Informações sobre o curso de Design de Moda da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88. Detalhes sobre o XIX CIC estão disponíveis no endereço www.uniara.com.br/cic.
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