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Em estudo, aluno de Enfermagem da Uniara analisa cuidados com procedimentos pré e pós-tatuagem

Publicado em: 10/02/2021

“Tatuagem: a arte através da lesão” foi o tema do Trabalho de Conclusão de Curso – TCC do estudante da graduação de Enfermagem da Universidade de Araraquara – Uniara, Henrique Almeida Silva. A pesquisa foi orientada pelo professor Adilson César Abreu Bernardi.

“O tema do estudo é a prática da tatuagem, com o objetivo voltado à biossegurança do tatuado e do profissional tatuador. Foi utilizada uma metodologia descritiva não sistemática, que levantou dados voltados à biossegurança. A tatuagem é uma lesão com alto risco de infecção, e o conhecimento científico para minimizar esse risco deve ser divulgado para a população”, aponta Silva.

Ele comenta que o TCC pode contribuir para a sociedade – “a população de todas as faixas etárias e profissionais tatuadores, pois o trabalho traz um assunto cuja prática é muito crescente na sociedade atual”. “Entretanto, é uma atividade realizada ainda de forma empírica, principalmente na parte de biossegurança para o profissional e o cliente, e também em relação à qualidade de vida, visto que o cliente tatuado pode ser prejudicado caso aconteça alguma intercorrência, como uma infecção em sua tatuagem”, alerta.

Outra contribuição do estudo foi para a própria formação do aluno. “Permitiu aprimorar meus conhecimentos sobre o tema sob a ótica da biossegurança e ainda aprimorou meu olhar clínico, a empatia e o pensamento crítico-reflexivo. Com o conhecimento adquirido, posso transmiti-lo à população e agregar segurança e qualidade de vida para a sociedade”, destaca.

Bernardi, que orientou o TCC de Silva, revela que inicialmente a intenção era que o estudante fosse presencialmente a estúdios de tatuagem, mas devido à pandemia de coronavírus – Covid-19, isso não foi possível. “Assim, fizemos um levantamento de como esses profissionais tratam a pele do paciente/cliente na pré e na pós-tatuagem, para verificarmos se há alguma orientação quanto à higiene. Foi o que buscamos na internet. Existem orientações, em sites, sobre a necessidade de higiene, lavagem e uso de alguns produtos farmacêuticos para melhorar a condição da pele, e é preciso salientar que esse preparo é no sentido de assepsia - às vezes, pode-se confundir com cremes utilizados”, esclarece.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, de acordo com o docente, tem um manual que preconiza todo esse procedimento. “O que percebemos com a pesquisa foi que há uma fiscalização do ambiente, chamada predial, por meio da qual são observadas as normas e condutas, mas muitas vezes o próprio tatuador não tem um conhecimento de que há necessidade do preparo da pele do paciente. E tem a higiene dos potes onde ficam as tintas, que não podem ser misturadas com outras que já foram utilizadas, pois haveria uma contaminação. Quanto a essa higiene em relação às tintas usadas, elas devem ser individuais ou descartadas, e não se deve diluir a tinta com solventes que não são esterilizados”, orienta.

O docente coloca que, ao contrário do que algumas pessoas pensam, de que a bactéria não vai crescer na tinta, “ela cresce, visto que usa como fonte de nutriente substâncias químicas presentes na tinta”. “Então muitas delas podem sobreviver, se multiplicar e, assim, contaminar outro indivíduo no qual será usada essa tinta. Portanto, isso não ocorre somente pela a agulha, como muitas pessoas acham”, comenta.

Bernardi lembra ainda que todo indivíduo tem uma microbiota, chamada flora bacteriana, “um grupo de organismos que coloniza a pele, normalmente”. “Alguns possuem bactérias um pouco mais patógenas, e isso pode acarretar um processo infeccioso porque você acaba colocando, pela perfuração, a bactéria na pele, e também pode acabar levando contaminação a outros locais. Então é necessário que o tatuador esteja preparado e higienize a pele e o ambiente onde é realizado o procedimento. Existe um leque de situações que podem gerar problemas. Isso parece um pouco distante, mas é um tanto comum ocorrerem essas infecções, principalmente pela falta de preparo da pele, da higiene na pré e na pós-tatuagem”, reforça.

A situação é bastante séria, segundo o professor. “Existe a norma, mas as pessoas fazem os procedimentos por autoconhecimento, ou porque já viram outro fazer, ou assistiram a um vídeo etc. Percebo que não há um olhar mais atento para o lado infeccioso”, finaliza.

Informações sobre o curso de Enfermagem da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.



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