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A sociedade e a comunicação disruptiva

Publicado em: 06/02/2020

Pode ser que muitos não saibam, mas atualmente, a sociedade estabelece a comunicação chamada disruptiva. O professor do curso de Publicidade e Propaganda e gestor de mídias sociais da Universidade de Araraquara – Uniara, Samuel Gatti Robles, fala sobre o termo que, ao que parece, já é intrínseco ao ser humano.

“Como o próprio nome diz, comunicação disruptiva é você ‘desmontar’ alguma coisa que vem sendo utilizada e adotar algo novo, que tenha um resultado que atenda melhor os objetivos e que você possa comunicar uma informação”, explica o docente.

Ele comenta que, hoje, “vivemos em uma sociedade que está em constante transformação e, pensando nisso, a cada momento surgem novas maneiras de interação entre pessoas, ou seja, se agora a forma de comunicação é o Orkut, amanhã muda para Facebook, depois, Instagram”. “Podemos considerar que vivemos em um processo constante de disrupção, de tentar encontrar qual é a melhor forma de interagir e falar com as pessoas. Se olharmos por esse ponto de vista, basicamente fazemos comunicação disruptiva o tempo todo”, diz.

As novas tecnologias são um ponto central nesse tipo de comunicação, de acordo com o gestor. “Acredito que a relação seja total, mesmo porque penso que a tecnologia foi um processo de disrupção, visto que as pessoas aderiram a essa forma de se relacionar e de estarem presentes praticamente o dia inteiro. Assim, usa-se tecnologia para poder conversar, então, sua entrada foi um processo muito disruptivo porque nos fez sair daquela maneira antiga de nos relacionarmos. Hoje, temos uma forma mediada pela tecnologia, na qual não conseguimos fazer uma comunicação efetiva disruptiva se não tivermos a tecnologia envolvida”, ressalta.

Dois exemplos de uso são citados por Robles. “O primeiro é o que os YouTubers têm feito: eles falam de uma forma totalmente diferente e eficaz, se comparados ao que muitos meios tradicionais fazem/faziam, tanto que vêm ganhando cada vez mais alcance e seguidores, e as próprias marcas têm optado por pagarem para que falem e transmitam suas mensagens. As de cosméticos têm feito muito isso – investem em YouTubers que falam somente sobre maquiagem, por exemplo”, aponta.

O outro exemplo de empresa é o Nubank. “É um banco que conseguiu ser disruptivo não apenas na sua comunicação, mas em sua essência. Tem uma forma de entrega de serviço bancário muito diferente e transparente, ao contrário do que os outros sempre fizeram. O Nubank mantém um estreitamento muito grande com seus clientes, e isso quebra qualquer barreira, tanto que as pessoas acabam se apaixonando por um banco. Já viu isso em algum outro momento?”, indaga o professor.

Em relação a técnicas para uma comunicação disruptiva, “acredito que a melhor forma de trabalhá-la é estar atento o tempo todo, buscando maneiras de se comunicar melhor com o público-alvo, de um modo eficiente, que consiga atingi-lo e sensibilizá-lo”. “Acho que é a própria atenção que podemos ter nas oportunidades”, completa.

Para Robles, a comunicação disruptiva passou a ser uma questão de sobrevivência: “se eu não conseguir ser disruptivo, eu não existo, não consigo mais ter meu espaço enquanto agência/publicitário, para poder atingir o público-alvo. Assim, não acho que seja algo passageiro, isso é, o termo pode ser passageiro ou modismo, mas o pensamento tem que ser disruptivo”, declara.

O próprio curso de Publicidade e Propaganda da Uniara, segundo o docente, já é um trabalho de disrupção “que a coordenadora Eduarda Escila Ferreira Lopes faz, quando reinventamos a grade curricular, trazendo novas formas de mostrar ao aluno como ele pode ser e pensar diferente”. “Em termos práticos, temos trabalhado bastante com marketing digital. Como a tecnologia é um instrumento dessa comunicação disruptiva, e é ela que tem conseguido levar nossa mensagem até as pessoas, temos valorizado bastante o digital no curso. Atualmente, a partir do terceiro semestre, o aluno vai até o último período com marketing digital”, detalha.

Outra forma de aplicação na graduação, adotada há dois anos para alunos do quinto semestre, é um seminário que envolve duas disciplinas: “Planejamento de Marketing Digital”, ministrada por Robles, e “Linguagem Publicitária I”, ministrada pelo professor Luis Paulo de Campos. “Trabalhamos a criatividade com o seminário ‘Black Mirror’, no qual pegamos alguns episódios do seriado e os estudantes precisam trabalhar vários aspectos, sendo um deles a leitura do ponto de vista da produção de cinema, e outro, do ponto de vista publicitário de criatividade. Assim, eles têm como referência a trama do episódio e precisam inovar, pensando em um produto e em uma campanha de divulgação para ele. É uma maneira de pensarem um pouco ‘fora da caixinha’, pegando uma realidade que está ambientada, muitas vezes, no futuro”, finaliza.

Informações sobre o curso de Publicidade e Propaganda da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.

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