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Trabalho de alunas de Biomedicina da Uniara se destaca no Congresso de Iniciação Científica da universidade

Publicado em: 20/01/2020

“Influência de Diferentes Meios de Cultura na Formação do Biofilme e Indução de Polissacarídeo em Cepa de Streptococcus mutans” é o título do trabalho das alunas de Biomedicina da Universidade de Araraquara – Uniara, Tainá Grecco dos Santos, Bruna Alves de Oliveira e Lilian Fernandes da Rocha, que foi um dos premiados, na categoria “Qualidade acadêmica e de dados de pesquisa”, no XIV Congresso de Iniciação Científica – CIC da instituição, realizado no final de 2019, nas unidades I e IV da universidade.

O estudo foi orientado pelo professor Adilson César Abreu Bernardi e coorientado pela professora Patrícia Sigilló Mazzoni Bernardi. “O biofilme, popularmente falando, é o limbo do banheiro - a parte lisa que fica no azulejo -, em pedras ou no rio, por exemplo. Essa parte lisa é um polissacarídeo, produzido principalmente pelas bactérias, que auxilia na proteção das células bacterianas. Essa proteção se dá principalmente em relação a outros microrganismos ou, no caso do ser humano, a uma célula de defesa, ou ainda, se o indivíduo usa, por exemplo, antibiótico, não atravessa o polissacarídeo. Por isso é chamada comunidade estável embebida em uma matriz de polissacarídeo extracelular”, contextualiza o docente.

Tainá conta que o trabalho “consistiu em testar diferentes meios de cultura adicionados a um componente, nesse caso, a sacarose, para verificar se ocorre uma diferença significante na produção do biofilme e a indução do polissacarídeo”. “Com o uso do Mueller Hinton, um meio de cultura padrão, os resultados apontaram para um aumento de cerca de 163,89% para a produção de biofilme e 118,44% para indução de polissacarídeo”, relata a estudante e autora principal.

Lilian acrescenta que “o Mueller Hinton é um meio padrão segundo o Clinical and Laboratory Standards Institute - CLSI, porém, existem estudos em que pesquisadores utilizaram outros meios de cultura, como BHI, TSB e Nutriente”. “A partir desse ponto, o trabalho buscou verificar se essa diferença de meios pode interferir de forma significante, tanto positivamente quanto negativamente, na indução de uma maior formação de biofilme e de polissacarídeo, de modo a mostrar se as pesquisas teriam resultados diferentes se não utilizado o meio padrão”, explica.

Mesmo com o projeto finalizado, Tainá lembra que “será dada continuidade à pesquisa por meio de testes, caminhando para um maior aprimoramento desses estudos”.

O orientador reforça que “quisemos testar e analisar se havia necessidade do uso do meio padrão já designado - Mueller Hinton -, visto que diferentes trabalhos científicos também usam outros meios, ou seja, se algum outro meio teria uma performance melhor ou não”. “Observamos que não: tanto faz usar um ou outro meio de cultura, já que irá estimular a produção do biofilme da mesma forma, junto com a produção do polissacarídeo. Entende-se que o açúcar, a sacarose, estimula essa produção”, esclarece.

O estudo, de acordo com Bernardi, “é importante, por exemplo, para que outras pesquisas possam utilizar os mesmos meios ou outros aos quais já se adequem ou tenham preferência, e não necessariamente o Mueller Hinton”. “Esse trabalho já está finalizado, mas ainda vou ampliá-lo e continuar a acrescentar alguns açúcares e usar outros microrganismos. Foi um projeto piloto, porém, desenvolvido com os critérios necessários. A partir daí, vamos pensar mais além”, finaliza.

Informações sobre o curso de Biomedicina da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.

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