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Estudo de alunos de Medicina da Uniara sobre violência sexual é premiado no Congresso de Iniciação Científica da universidade

Publicado em: 15/01/2020

O estudo “Violência sexual: Perfil Epidemiológico do Município de Araraquara–SP”, dos estudantes do curso de Medicina da Universidade de Araraquara – Uniara, Bruno Henrique dos Santos Alves, Beatriz Sakakibara de Moraes, Flávia Silva Shimabukuro, Giulia Cristina Chiozzini e Maria Clara Bertin de Morais, foi um dos premiados no XIV Congresso de Iniciação Científica – CIC da instituição, na categoria “Relevância social do tema”. O evento foi realizado em novembro de 2019, nas unidades I e IV da universidade.

“A violência sexual gera graves consequências, de curto e longo prazos, e afeta aspectos físicos, psicológicos e econômicos. Por ser um assunto de extrema importância, que repercute nos âmbitos biopsicossociais da vítima, é importante conhecer seu perfil epidemiológico para que se possa, por meio da análise dos dados, estabelecer medidas que otimizem o atendimento a elas e que reduzam o número de casos. Mediante isso, essa pesquisa objetivou conhecer o perfil epidemiológico das vítimas de violência sexual da cidade, entre os períodos de julho de 2014 e dezembro de 2018”, explica Alves, em nome de seu grupo.

Ele conta que foram obtidos dados de 137 Fichas de Notificação de Violência Interpessoal/Autoprovocada, do banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN-NET e do Sistema Juarez, “assinaladas como violência sexual, incluindo outras violências associadas a essa, quando presentes”. “Os dados analisados foram sobre características das vítimas e cuidados realizados a elas, assim como características do agressor”, detalha.

Os resultados obtidos demonstraram, de acordo com o aluno, “vítimas predominantemente do sexo feminino, com idades entre 21 e 49 anos, de raça branca, com ensino fundamental incompleto e estado civil solteiro”. “Em sua maior parte, o agravo ocorreu em período noturno, nos bairros periféricos, sendo o estupro a violência sexual predominante e o agressor desconhecido. Foram realizadas profilaxias de DST/HIV/Hepatites virais e contracepção de emergência às vítimas, e o principal encaminhamento realizado foi à Rede de Saúde do Município”, relata.

Com as informações da pesquisa, que “não envolveu o contato direto com as vítimas - foram obtidas apenas as informações dos bancos de dados”, será possível, segundo Alves, estabelecer estratégias que possam reduzir o número de casos, além de proporcionar uma assistência ainda mais direcionada ao perfil das vítimas de Araraquara. “Essa otimização busca proteger a população mais suscetível a esse tipo de agravo, acolher as vítimas a fim de garantir um melhor enfrentamento diante desse problema e estimular sua autonomia quanto à denúncia para melhorar o registro dos dados, com a finalidade de evitar as subnotificações e, por fim, reduzir o número de casos”, reforça.

Alves revela que, “frente ao impacto que a violência sexual gera na sociedade e, às vezes, à falta de conhecimento sobre os passos a serem seguidos quando o agravo ocorrer, o grupo desenvolveu um folder de orientação para população sobre violência sexual e, em parceria com a Uniara e Secretaria de Saúde do município, pretende-se disponibilizá-lo nas unidades de saúde”.

O trabalho foi orientado pela professora Eliana Aparecida Mori Honain. “Teve grande relevância tanto para a formação dos estudantes quanto para o próprio município. Um tema muitas vezes polêmico, como outras vezes ignorado. A violência sexual é vista de muitas formas diferentes, principalmente em relação a homens e mulheres na fase adulta, nos casos que não vêm associados a grandes lesões corporais. É um estudo que identifica os casos dentro de um município e que pode desencadear ações nos diversos setores para se coibir tais violências”, ressalta a docente.

Ela comenta que “o grupo de alunos foi audacioso ao lidar com esse tema e também na busca dos dados”. “Trabalharam com todo banco de informações, cruzando indicadores de uma forma precisa e de fácil compreensão. Em março, o folder deverá estar pronto para distribuição à população”, finaliza.

Informações sobre o curso de Medicina da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.

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