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Aluna de Odontologia da Uniara estuda tratamento para parestesia, comum após cirurgia ortognática

Publicado em: 30/01/2019

“Efeito do tratamento farmacológico associado ou não ao laser de baixa intensidade na recuperação neurossensorial após osteotomia sagital do ramo” é o título do trabalho da aluna do curso de Odontologia da Universidade de Araraquara – Uniara, Isabela Aparecida de Anunzio, que foi contemplado no “XIII Congresso de Iniciação Científica” da instituição, na categoria “Qualidade Acadêmica”, em premiação realizada em dezembro, na unidade I da universidade.

“A parestesia é caracterizada pela ausência ou redução de sensibilidade dos dentes e dos tecidos moles da região mandibular, provocada por fatores mecânicos, patológicos, físicos, químicos ou microbiológicos. Sua ocorrência é considerada comum no pós-operatório imediato de cirurgias ortognáticas envolvendo a mandíbula, e manifesta-se por meio de sensações anormais de ardência, formigamento, dormência ou de perda parcial de sensibilidade, podendo ser temporária ou permanente na região do mento e do lábio inferior”, explica Isabela sobre seu projeto, que está na fase final de desenvolvimento.

Ela conta que diversos tipos de tratamento têm sido propostos para esse problema, como administração de medicamentos, fisioterapia local, estimulação elétrica, cirurgia para reparação nervosa e aplicação de laser em baixa intensidade, entre outros. “Contudo, as pesquisas científicas atuais têm focado suas atenções na regeneração neural, buscando meios de torná-la mais rápida e eficaz. Drogas exibindo características neurotrópicas e imitando fatores de crescimento neural, como é o caso do Etna®, são caminhos a serem testados para recuperação de lesões neurais”, comenta.

De acordo com Isabela, o composto UTP/CMP/hidroxi-cobalamina, comercializado sob o nome Etna®, é atualmente testado para lesões neurosenssoriais de origem traumato-ortopédicas, sendo sua ação sobre a regeneração neurossendorial pós-cirurgia ortognática pouco conhecida. “A motivação desse estudo baseia-se na escassez de artigos científicos que abordem a eficácia e protocolos seguros para o uso de novas opções terapêuticas disponíveis no mercado, como é o caso do medicamento Etna® e da laserterapia. Por esta razão, decidiu-se investigar a eficácia desse medicamento associado ou não ao uso de laser de baixa intensidade nos casos em que o paciente apresente perda de sensibilidade na região mandibular após a realização da cirurgia ortognática”, esclarece.

Os resultados evidenciaram, segundo a aluna, “que as terapias propostas foram eficazes na recuperação neurossensorial de pacientes com lesão do nervo alveolar inferior após osteotomia sagital do ramo mandibular, com melhor resposta da terapia utilizando Etna® isolado, em especial, nas três primeiras sessões”.

Com o trabalho, ela aponta que esperava comprovar a eficácia do medicamento Etna® e do laser de baixa intensidade como métodos terapêuticos de casos de anormalidades sensoriais cutâneas após cirurgia ortognática.

“A maior oferta no Brasil, recentemente, de novos equipamentos laser com maiores potências de saída e maiores exposições radiantes, associada ao crescente interesse a respeito das indicações e da utilização do laser na odontologia, demonstra a significância do tema. Diversos protocolos clínicos com parâmetros de irradiação distintos têm sido estabelecidos, porém, ainda são insuficientes para padronizarem o tratamento de distúrbios neurossensitivos”, aponta Isabela.

Com a pesquisa, a estudante espera que “possa melhorar a função mastigatória, a fala e a qualidade de vida de pacientes com alterações sensoriais onde tentativas prévias mal sucedidas de outras técnicas de reabilitação sensorial criaram frustrações e limitações das funções do sistema estomatognático”.

O estudo foi orientado pela professora Karina Eiras Dela Coleta Pizzol e coorientado pela docente Thallita Pereira Queiroz.

Karina comenta que Isabela se destacou desde o primeiro ano da graduação, dedicou-se e teve grande interesse nas aulas. “Por essa razão, eu a convidei para fazer o projeto de Iniciação Científica e, desde então, teve grande empenho no trabalho, tanto que o finalizou antes mesmo do prazo proposto”, destaca.

A docente reforça que os pacientes submetidos à cirurgia ortognática “têm problemas de mastigação, estéticos, de relacionamento social e afetivo devido à dificuldade de fala e à aparência, que compromete sua qualidade de vida”. “Ao se submeterem à cirurgia, há grande melhora desses aspectos, mas ao mesmo tempo, passam a ter falta de sensibilidade – parestesia – e ficam incomodados ao mastigarem em público, por exemplo, pois podem ficar com sujeira ao redor da boca sem perceberem. Assim, o trabalho teve como finalidade tentar solucionar esse tipo de situação. Estamos lutando para resolver o problema”, finaliza.

Informações sobre o curso de Odontologia da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.

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