Publicado em: 16/10/2018
O ex-aluno do curso de Biomedicina da Universidade de Araraquara – Uniara, Jorge Augusto Borin Scutti, trabalhou, entre setembro de 2015 e setembro de 2018, com o vencedor do prêmio Nobel de Medicina 2018, James P. Allison, líder da Plataforma de Imunoterapia do MD Anderson Cancer Center - MDACC, no Departamento de Imunologia, na cidade de Houston, estado do Texas, nos Estados Unidos.
Formado na Uniara em 2007, Scutti conta que foi fazer seu segundo pós-doutorado no país norteamericano, “no respeitado hospital MDACC, um dos centros de referência mundial em tratamento e pesquisas em câncer”. “Meu projeto foi desenvolvido no departamento de pediatria, e o foco foi estudar um tipo de câncer pediátrico de cérebro. Meus estudos foram selecionados entre as centenas de trabalhos de pós-doutorado enviados ao Congresso Anual dos Pós-Doutorandos do MD Anderson, ficando entre os cinco melhores. Com base nos bons resultados obtidos ao longo desse evento, tornei-me parte da equipe de Allison, na plataforma de Imunoterapia do MD”, explica.
O ex-estudante da Uniara destaca que o vencedor do Nobel de Medicina “foi responsável por descobertas que não só alteraram, mas introduziram uma nova metodologia no tratamento de pacientes com câncer, contribuindo com o aumento da sobrevida daqueles que estavam condenados e sentenciados à morte, como no caso do câncer de pele – melanoma – e do pulmão”. “Seus experimentos deram os primeiros indícios de uma nova e promissora forma de tratamento”, completa.
O trabalho premiado de Allison no Nobel de Medicina 2018, de acordo com Scutti, decorre de pesquisas executadas por ele na década de 1990, no entanto, para o ex-aluno, “o sentimento de trabalhar, ser parte intelectual e participar das discussões científicas ricamente coordenadas por ele, não têm preço”. “Não é sempre que você tem a oportunidade de estar diante de uma figura tão rica, intelectualmente falando. Porém, mesmo que o doutor Allison tenha sido o prêmio Nobel, o mérito de sua equipe e de todos os meus colegas que ali derramaram e derramam seu suor, e dão o sangue todos os dias, tem um valor, para mim, imensurável”, declara.
Scutti menciona que, por conta de seus trabalhos desenvolvidos ao longo dos anos, associados àqueles executados na plataforma de Allison, atualmente é diretor associado de Biomarcadores e Diagnóstico da MSD, em North Wales, na Pensilvânia, “umas das líderes mundiais em imuno-oncologia”. “Hoje, posso dizer que eu contribuo e continuarei contribuindo para buscar ainda mais a cura dessa doença tão cruel chamada câncer. Foi um aprendizado único e que vou levar para toda a minha vida profissional. Sinto-me honrado por ter sido um dos únicos brasileiros a ter trabalho com um prêmio Nobel”, emociona-se.
Mesmo estando longe e tendo alçado altos voos, ele não se esquece de seu aprendizado na graduação de Biomedicina da Uniara. “Todos os professores estão constantemente incentivando o aluno com maestria, desenvolvendo o senso crítico e habilidades de correlacionar dados laboratoriais com o clínico. É uma universidade pela qual tenho um carinho e um respeito muito grandes, e na qual ainda tenho docentes como amigos. Tudo aquilo que sou hoje, em termos de caráter profissional, foi estimulado por docentes do curso, pela maneira familiar com a qual a instituição está estabelecida”, diz.
Como incentivo aos estudantes, Scutti aconselha: “estudem, tirem proveito do seleto time no qual vocês estão imersos e sonhem, sonhem alto. Não há limites para sonhar”, finaliza.
O coordenador do curso de Biomedicina da Uniara, Orivaldo Pereira Ramos, está orgulhoso pela trajetória do ex-estudante da graduação. “É uma alegria tamanha. Jorge é uma pessoa especial, que se engajou e seguiu uma carreira brilhante, o que é uma satisfação enorme. Quando vemos um jovem se despontando, ficamos felizes. É sinal de que estamos fazendo a coisa certa. Parabenizo-o, porque ele é admirável”, entusiasma-se.
Informações sobre o curso de Biomedicina da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.
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