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Feira de alimentos orgânicos e artesanais Da Roça para a Mesa completa dois anos

Publicado em: 20/08/2018

Na última semana, a feira de alimentos orgânicos e artesanais “Da Roça para a Mesa”, promovida pelo Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente – PPG-DTMA da Universidade de Araraquara – Uniara, completou dois anos de atividades. O evento é realizado às terças-feiras, das 15h30 às 20h, na praça do Departamento Autônomo de Água e Esgoto - DAAE, também conhecida como praça da Fonte Luminosa (avenida Napoleão Selmi Dei, 26, na Vila Harmonia), em parceria com a Prefeitura Municipal, por meio da Coordenadoria de Agricultura e o DAAE.

“Esse projeto é decorrente de uma transformação, de uma ampliação de objetivos que ocorreu no Núcleo de Pesquisa e Documentação Rural – NUPEDOR, a partir do momento da criação do Núcleo de Estudo e Extensão em Agroecologia – NEEA, vinculado ao PPG-DTMA. Temos várias frentes, e a ideia era permitir que a universidade colaborasse com a população por meio de uma produção de orgânicos diferenciada, ou de outros produtores que estivessem inseridos em um processo de transição agroecológica”, explica a pesquisadora do NUPEDOR e do NEEA, Vera Lúcia Silveira Botta Ferrante.

Ela conta que, no início, foi realizada uma reunião com vários agricultores e assentados, “para mostrar que participar da feira significava um compromisso e um desafio”. “Inicialmente ela funcionou no interior da unidade IV da Uniara e, em geral, temos tido dificuldade em ampliá-la significativamente porque não existem muitos produtores orgânicos que mantêm uma produção regular para ser comercializada na feira, mas decidimos continuar. A partir de um certo momento, procuramos inserir outros produtos, artesanais, que também tivessem significado em termos de sustentabilidade”, comenta.

Houve muitas “idas e vindas” no primeiro ano da feira, segundo a docente, “até a decisão de transferi-la para a praça do DAAE”. “Após os acertos entre o prefeito e o reitor da Uniara sobre como realizá-la, foi discutido o local, e foi-nos oferecido aquele espaço, em reunião com a superintendêndia e com o coordenador executivo do DAAE. Nós nos comprometemos com alguns princípios”, relembra.

Na praça do DAAE, já foram realizadas duas edições, “e os resultados foram extremamente animadores, pois o local é mais amplo e oferece condições para brincadeiras e atividades para crianças que vão com as mães à feira, para que possam fazer as compras de maneira mais tranquila”. “A receptividade que temos tido por parte das pessoas que frequentam a feira, por verem um produto diferenciado, vem sendo observada com muito entusiasmo, pois acreditamos que estamos começando, com essa ampliação, a colaborar com o embrião de uma alimentação mais saudável, uma alternativa de produtos sem agrotóxico, sem adubação muito forte com produtos químicos e, ao mesmo tempo, por um preço justo”, destaca Vera.

Ela afirma que, ao assumir uma parceria com o poder público, “a Uniara está saindo na frente mais uma vez e se posicionando na vanguarda da realização de ações dirigidas a criar elementos de sustentabilidade”. “Como podemos produzir conhecimento e um retorno social de maneira concreta para a população de Araraquara? Estamos propiciando um diferencial, e eu diria que, para que isso seja possível, contamos com apoio forte dos Núcleos e de alguns produtores que são os carros-chefes da feira. Eles assimilaram não só o efeito imediato da comercialização do que irão ganhar, mas da importância de modificarem efetivamente seu sistema de produção. São coisas que nos mostram que a ciência não está distante da vida, ou seja, não é um produto de uma série de teses ou teorias que nunca são colocadas em ação. Um dos desafios mais sérios que temos é relacionado à alimentação. Queremos mostrar uma outra possibilidade de se consumir e de se produzir”, ressalta.

Outro pesquisador do NUPEDOR e do NEEA, Antônio Wagner, revela que a ideia da criação da feira surgiu por meio de cursos de capacitação para se trabalhar com sistemas agroecológicos, no início de 2015, por meio dos Núcleos, juntamente com os assentados do Monte Alegre e do Bela Vista. “Todos colaboraram, e começamos com um trabalho de campo, levando a extensão para os dois assentamentos. A feira é fruto de um trabalho de dois anos, plantado por meio desses cursos. Nós nos sentimos orgulhosos por todos terem feito parte”, declara.

O mestrando do PPG-DTMA e também pesquisador do NUPEDOR e do NEEA, Augusto Paschoalino, revela que o grupo está analisando e modificando o regulamento interno “para repensar no espaço e nas novas relações e novos produtos”. “No início, eles eram só agrícolas. Hoje, há outros artesanais, desde aqueles de compostagem a instrumentos musicais, além de aromaterapia e óleos essenciais. A feira está com uma cara diferente, sendo que as atividades que almejamos já aconteciam na unidade IV da Uniara, como oficinas e contação de história para crianças. Agora, como o novo espaço possibilita mais isso, estamos nos articulando para trazer mais atividades, tudo focado nos princípios da agroecologia e da sustentabilidade, que são os valores que permeiam a feira”, diz.

 

Roda de Conversa sobre Permacultura e Agroecologia em Araraquara

Paschoalino conta que nesta terça-feira, dia 21 de agosto, a partir das 17h, será realizada uma “Roda de Conversa sobre Permacultura e Agroecologia em Araraquara”, durante a feira, com um dos idealizadores da Organização Não Governamental - ONG Veracidade, de São Carlos, Djalma Nery.
“A permacultura, ou cultura da permanência, é um projeto que abrange design e até arquitetura de lugares, que dialoga com a agricultura, mas tem uma característica mais urbana, passando pela sustentabilidade e pela questão da produção de alimentos”, explica o mestrando.

Detalhes sobre a atividade estão disponíveis no link https://goo.gl/6z4dBa. Mais informações sobre a feira de alimentos orgânicos e artesanais “Da Roça para a Mesa” podem ser obtidas no endereço www.facebook.com/nupedor.

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