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Entendendo o que é uma lesão e uma distensão muscular

Publicado em: 30/01/2018

Entre os males do sedentarismo, estão as lesões causadas por pessoas que, sem um preparo adequado, forçam seu corpo durante exercícios físicos ocasionais, entre outras atividades. Existem diferentes tipos de lesões, como conta o professor do curso de Fisioterapia da Universidade de Araraquara – Uniara, André Capaldo Amaral, que explica que lesão muscular é um dano na estrutura do músculo causado por algum esforço exagerado por parte do indivíduo.

“Ela pode ser pequena, típica de quando se retorna à academia ou faz um exercício, sendo que, no outro dia, a pessoa sente uma dor generalizada na musculatura. Essa lesão é em nível estrutural do músculo, diferente de uma macroscópica, onde a fibra muscular rompe e acarreta contrações mais rigorosas”, comenta.

Os riscos existem para qualquer pessoa, já que as lesões podem ser causadas por exercícios simples, de acordo com o docente. “Atividades como uma caminhada leve, varrer o quintal ou até mesmo carregar uma sacola de supermercado pode desencadear o problema”, alerta Amaral, que detalha que são divididas em duas categorias: “a microlesão muscular, chamada pelos profissionais da área de Dor Muscular de Início Tardio – DMIT, e as distensões, as conhecidas popularmente como ‘fisgadas’, que causam dores fortes em locais específicos, e isso leva um tempo maior para recuperação”.

A principal característica dos tipos de lesões são as dores musculares, porém, elas diferem bastante em relação aos sintomas, segundo o professor. “Por exemplo, quando você tem uma do tipo microscópica, a dor nunca é na hora: ela aparece em torno de 16 a 24 horas depois da atividade, e tem como particularidade a dor generalizada. Essa é a DMIT, que não requer tratamento, pois regride em um tempo muito curto - em torno de três a quatro dias, a dor desaparece por conta própria”, esclarece.

Para a recuperação, Amaral adverte que não é aconselhável que se imobilize o músculo, pois pode levá-lo a uma atrofia muito grande e prejudicar sua recuperação funcional após a lesão. “Porém, o repouso relativo e a aplicação de gelo são muito bem-vindos, já que nos primeiros dias existe uma reposta inflamatória aguda e, por isso, a dor é tão intensa. Nesse período, é muito útil reduzir o grau de atividade do músculo, o que irá colaborar tanto com a diminuição da dor quanto facilitará o processo de reparo”, recomenda.

Ele afirma também que a automedicação não irá interferir na recuperação muscular, por ser uma microlesão que não acarreta nenhum tipo de dano ou sequela, “sendo a ingestão de remédios completamente desnecessária”.

Já as distensões, no entanto, são mais preocupantes, “pois existe um dano no músculo, que perde de imediato boa parte de sua força”. “Dependendo da gravidade, o recomendado é que se procure orientação médica, uma avaliação clínica de um ortopedista e que se faça um diagnóstico. A partir disso, será conduzido o uso de medicamentos e a pessoa será encaminhada para a fisioterapia para seguir com o tratamento, que pode levar, dependendo do caso, de duas até quatro ou seis semanas”, completa Amaral.

 

Recomendações

O docente sugere, para quem é sedentário e irá iniciar uma atividade física, que avalie as características em relação ao grau de encurtamento e à fragilidade de seu músculo, adaptando-o a uma atividade compatível com sua situação inicial. “Se essa avaliação funcional for bem-sucedida e esses fatores de encurtamento e forças forem avaliados, o professor de educação física ou o fisioterapeuta que prescrevem esses exercícios terão uma condição melhor de ajustar a intensidade do treinamento à capacidade de tolerância do músculo”, aponta.

Não há como prevenir lesões, de acordo com Amaral, “mas algumas microlesões e distensões podem ser evitadas se a musculatura estiver em condições de executar as tarefas diárias ou esportivas”. “A melhor maneira de evitar uma lesão é adequando-se a um programa regular e contínuo de fortalecimento muscular”, aconselha.

Respeitar os limites do corpo, portanto, é primordial. “Ele responde a estímulos ficando forte, só que precisa de um tempo para lhe dar esse retorno. Essa busca por uma resposta muscular rápida é sempre perigosa. A recomendação é - embora a preocupação em ficar em condições físicas seja intensa - que se comece uma atividade com cautela e procure uma avaliação funcional antes para se identificar a real condição da musculatura e das articulações, além, logicamente, de fazer uma atividade supervisionada com competência para que esses exercícios tenham resultados satisfatórios e não tragam uma lesão”, finaliza.

Informações sobre o curso de Fisioterapia da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.



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