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Uniara e CTI Renato Archer elaboram guia de titânio em 3D para auxiliar cirurgia de joelho em Araraquara

Publicado em: 27/10/2017

A alta tecnologia sempre fez parte da Universidade de Araraquara – Uniara. Recentemente, o Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia em Medicina Regenerativa e Química Medicinal – PPGB/MRQM da instituição, por meio de seu coordenador, André Capaldo Amaral, em parceria com o Centro de Tecnologia da Informação - CTI Renato Archer, de Campinas, ajudou a desenvolver um planejamento pré-operatório e colaborou com a produção de um guia de titânio customizado, moldado em uma impressora 3D, para assessorar o intra-operatório uma cirurgia no joelho de uma paciente que sofreu um acidente de trânsito. A operação, realizada no Hospital São Paulo, em Araraquara, foi a primeira a ser realizada com esse método de desenhar e imprimir o guia em titânio.

“Solicitamos exames de tomografia do joelho direito, que havia sido fraturado, e também do esquerdo. Fizemos a reconstrução tridimensional dessas imagens para podermos entender melhor a gravidade da situação. Em Campinas, foi utilizada uma técnica muito interessante: a criação de uma imagem espelhada da tíbia esquerda – a normal. Fizeram uma sobreposição de imagens para elaborar um estudo detalhado de que tipo de deformidade teria resultado daquela fratura e, nessa investigação, conseguimos dimensionar, com muita precisão, qual foi ela”, detalha Amaral, que foi quem sugeriu ao médico responsável pelo procedimento, Dalmyr Semeghini, a ideia do uso da tecnologia de impressão 3D.

A partir de então, o coordenador conta que foi utilizado um equipamento de grande porte, no CTI Renato Archer, para imprimir o molde do joelho da paciente, a fim de obterem um modelo e poderem estudá-lo para o planejamento da cirurgia. “Além disso, o CTI, tendo uma impressora de titânio, ou seja, de metal, deu a ideia de construirmos um guia cirúrgico específico para a paciente, que poderia ajudar o cirurgião a fazer os cortes que proporcionariam a correção da deformidade. O desenho desse guia cirúrgico durou cerca de um mês. Após isso, o procedimento foi agendado e a cirurgia foi um sucesso”, comemora.

Para Semeghini, essa “é uma técnica inovadora, muito precisa, facilita muito as correções de deformidades e ajuda na programação da cirurgia”. “Utilizamos um protocolo feito por nós, no qual fizemos uma pesquisa dos problemas que a paciente apresentou no consultório, feito por uma cirurgia em outra cidade. Avaliei e percebi que era uma deformidade difícil de se corrigir, pois não era convencional”, relata.

“Diante disso, fizemos uma impressão 3D a partir de uma tomografia. Com o resultado em mãos, estudamos a técnica de correção, e para isso, foi realizado um guia em impressão 3D, que veio pronto para sabermos os ângulos de corte. Executamos a cirurgia, que foi muito exata, para uma correção muito difícil. Saí muito contente da operação, pois era difícil, e por meio de uma técnica inovadora, que é o início de uma nova era na cirurgia reconstrutiva, de um modo geral, e a nível de ortopedia. Isso fará parte do nosso cotidiano. Foi algo novo, muito bem elaborado”, completa o médico.

De acordo com Semeghini, a paciente teve uma fratura grave, mas agora está em fase de recuperação pós-operatória. “Já está apresentando uma correção grande, e está indo muito bem a recuperação. Em breve estará caminhando, dentro de algumas semanas. A correção já é visível, antes dava para ver a deformidade a olho nu”, comemora.

O guia, segundo Amaral, alcançou os objetivos para os quais foi proposto, “encaixou-se com perfeição na anatomia da paciente e deu ao cirurgião a possibilidade de fazer uma correção precisa, levantando a parte posterior do côndilo da tíbia e restaurando a conformidade articular do joelho”. “Ao final, tive o depoimento, por parte de Semeghini, de que, se não fosse por esse guia para auxiliá-lo no intra-operatório, a possibilidade de êxito na cirurgia seria mínima”, revela.

Para Amaral, esse reconhecimento por parte do médico foi muito gratificante. “Ficamos muito felizes por termos alcançado o objetivo de usar os estudos feitos na Uniara, nas atividades do núcleo de impressão 3D do PPGB/MRQM, e por poder levar para sociedade um pouco dos resultados desse empenho de toda a universidade e de seus parceiros”, declara.

O coordenador da Divisão de Tecnologias Tridimensionais - DT3D do CTI Renato Archer, Jorge Vicente Lopes da Silva, afirma que “a parceria com Uniara já é de longa data em pesquisas e, especificamente neste caso, foi um desafio de desenvolvimento conjunto com objetivos de melhorar as condições da cirurgia”. “Esse tipo de cooperação permite oferecer uma melhor qualidade de vida e reabilitação do paciente, baseado em desenvolvimentos tecnológicos”.

Núcleo de Impressão 3D da Uniara

De acordo com Amaral, a Uniara conta um núcleo de impressão 3D, “que é uma unidade de pesquisa e de extensão da universidade para com a sociedade, voltada ao estudo de desenvolvimento de processos e métodos em tecnologias tridimensionais”. “Uma de suas funções, graças a uma parceria que temos com o CTI Renato Archer (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - MCTI, temos conseguido desenvolver atividades que nos possibilitam uma ação como essa da cirurgia”, finaliza.

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