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Roer unhas e ranger dentes: cuidado com as disfunções temporomandibulares

Publicado em: 03/02/2017

Inúmeras pessoas têm mania de roer unhas, ranger dentes, pressioná-los com força entre si ou apoiar a mandíbula na mão por um longo período de tempo. O que a maioria talvez não saiba é que hábitos como esses podem causar disfunções temporomandibulares. A professora do curso de Fisioterapia da Universidade de Araraquara – Uniara, Andréa Corrêa Carrascosa, fala sobre o problema e lembra que o tratamento ideal deve ser feito de maneira multiprofissional.

“As disfunções temporomandibulares são várias alterações que acometem o sistema mastigatório. Elas podem se localizar nos músculos, na articulação temporomandibular, em ligamentos e em outras estruturas que compõem esse sistema. Existe uma variedade de lesões e doenças que, em grupo, originam essas disfunções”, explica a docente.

As principais causas do problema são diversas. “Podem surgir macrotraumas causados por quedas, acidentes automobilísticos ou algum golpe que possa acometer essa região da face. Porém, os motivos mais comuns são sobrecargas causadas com uma frequência muito grande, devido a hábitos parafuncionais que as pessoas têm com a boca, e os executam, muitas vezes, sem perceberem”, esclarece Andréa.

Ao longo do tempo, isso pode, de acordo com a professora, acarretar uma sobrecarga das estruturas do sistema mastigatório. “Esses maus hábitos - roer as unhas, apoiar a mandíbula por um grande período ou ranger os dentes, entre outros - podem desencadear os sinais e sintomas dessas disfunções”, diz.

Entretanto, a docente ressalta que as causas são comuns, mas que nem sempre as pessoas com essas sobrecargas apresentam o problema. “A maioria consegue manter o equilíbrio dessa região”, afirma.

Contudo, em relação a quem apresenta o problema, ela conta que os pacientes são tratados mais comumente por dentistas, fonoaudiólogos e fisioterapeutas. “É muito comum o contato entre os profissionais para discutir esses casos, já que a abordagem de cada um acaba sendo um pouco diferente. O ideal é que o tratamento seja feito de forma multiprofissional para que seja possível identificar todos os fatores que estão contribuindo para essas alterações, e tratá-los”, aponta a docente, que explica que a fisioterapia trabalha bastante com avaliações biomecânica, de movimentos do sistema mastigatório e de estruturas moles, como músculos, ligamentos e articulação, “sendo que qualquer alteração nessas estruturas será tratada de maneira específica”.

A recomendação, para a população em geral, é que se evite hábitos que não são funções normais do sistema mastigatório, como falar ou deglutir. “Não há um padrão de fator principal presente de disfunção. Uma pessoa que range os dentes, por exemplo, pode ter problemas nos próprios dentes; outra, na articulação, e uma terceira, nos músculos. Cada uma será acometida na estrutura mais fraca”, coloca Andréa.

De uma maneira geral, ela comenta que, por ser um conjunto de alterações muito diferentes uma da outra, o maior desafio para o tratamento das funções temporomandibulares “é um diagnóstico bem feito e adequado, muitas vezes difícil de ser realizado”. “É um ponto fundamental na abordagem desses pacientes”, avalia.

Mais da metade do sucesso dos tratamentos, segundo a professora, vem do controle dos fatores que sobrecarregam o sistema mastigatório. “Isso envolve orientação e identificação das causas. A outra parte do tratamento é a física, de abordagem clínica. Na área da fisioterapia, são feitos vários exercícios, que vão, por exemplo, aumentar a força dos músculos mastigatórios, ou que diminuem a pressão na articulação temporomandibular. Há também exercícios de coordenação dos movimentos da mandíbula. Além disso, são associados recursos como eletroterapia - correntes analgésicas -, laser para dor e resolução de inflamação, ultrassom e uma variedade de aparelhos que podem ser utilizados”, destaca.

Andréa lembra que um fator determinante para tempo de tratamento é a cronificação. “Pacientes com quadros que já envolvem o sistema nervoso na manutenção dessas condições ficarão mais tempo em tratamento, que pode durar mais de um ano. Já outros com lesões mais agudas, como inflamação, podem ter o problema resolvido em menos tempo, às vezes em dois ou três meses”, finaliza.

Informações sobre o curso de Fisioterapia da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.

 

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