Escolher é próprio do ser humano. Durante toda a nossa vida, teremos que escolher: ir ou ficar, o que comer, o que vestir, que caminho seguir e por aí afora.
Certamente, quanto mais experiências formos adquirindo, mais prudente vai se tornando a nossa decisão.
Ao terminar o Ensino Médio, o aluno estará por volta de seus 17, 18 anos e se sente na obrigação de escolher uma profissão que exige nível superior.
Nessa ocasião, ele ainda não está amadurecido o suficiente para decidir o seu futuro, mas a sociedade requer organização.
O jovem, então, começa a se preparar para o processo seletivo obsessivamente, criando para si um universo de sentimentos negativos de angústia, ansiedade, concorrência, dúvida, derrota. Conclusão: nem começou e já está liquidado.
Esse processo de escolha pede um projeto de vida muito bem elaborado, em que o aluno exerça o conhecimento de si mesmo, do mundo profissional, do mercado de trabalho e possa analisar racionalmente todos esses fatores, alcançando a consciência profissional.
Influências
Analise como são as atitudes de seus pais em relação à sua escolha.
Nessa fase, são de fundamental importância o seu aconselhamento, a sua tolerância, a sua compreensão, mas nunca a sua imposição ou determinação.
Converse com eles, ouça o que têm a dizer, mas lembre-se: essa decisão é sua.
É como escolher quem vai passar com você o resto da vida.
Amigos, namorados ou professores também não devem influenciar.
Portanto, oferecemos para você, caro jovem, dicas para reflexão, que não vão de maneira nenhuma decidir o seu futuro, mas poderão ajudá-lo nesse processo.
Para acertar na hora de decidir
Fonte - Guia do Estudante
Os dez conselhos abaixo vão lhe ajudar a fazer a sua escolha com mais tranquilidade.
- As profissões também entram na moda. Por isso, pense antes de escolher, porque seu interesse por elas pode também ser passageiro;
- Testes sem comprovação científica podem lhe deixar ainda mais confuso. Só acredite naqueles elaborados por quem realmente entende do assunto, como os especialistas em orientação profissional, vocacional;
- A influência dos pais sempre existe (e no seu caso pode ser até muito forte), mas lembre-se de que você é capaz de tomar uma decisão, pesando bem todos os fatores;
- Não se sinta culpado por ainda não ter se decidido. Esse é um momento de pressão, natural nessa etapa da vida, que vai passar;
- Tenha coragem de questionar escolhas que pareçam definitivas;
- Analise as coisas de que você gosta e imagine aquelas nas quais você gostaria de trabalhar, sabendo separar o que é lazer e o que é profissão;
- Não confunda a escolha da profissão com habilidade: você pode gostar de geografia e tirar boas notas, mas não ter a menor vontade de dar aulas;
- Conheça o máximo possível das profissões e do mercado de trabalho em que elas se encaixam;
- Desenvolva o autoconhecimento, pensando em você, descobrindo quais são seus interesses e suas habilidades, perguntando-se por que deseja seguir determinada carreira;
- Nunca tome uma decisão com base em apenas um fator de influência, como vontade dos pais, facilidade em uma matéria, os amigos que também vão cursar, a rentabilidade da profissão. Decida-se por aquela carreira que reúna o maior número de pontos positivos.
Os passos para o sucesso
Fonte - Folha de São Paulo/2000
- Faça uma boa escolha profissional para que o prazer sirva de motivação;
- Esteja aberto para o autoconhecimento permanente. Identifique seus limites e potencialidade honestamente antes de planejar seu desenvolvimento pessoal e profissional;
- Busque informações sobre seu campo de trabalho e não se atenha às práticas convencionais. Procure conhecer profissionais em atividades inovadoras e em práticas alternativas;
- A carreira se inicia nos primeiros semestres do curso universitário. Tenha uma atitude aberta favorável à aprendizagem. Seja flexível e aproveite as diferenças. A primeira rede de contatos é feita na Universidade;
- Participe desde cedo de atividades além da sala de aula. Elas fornecerão conhecimento adicional e aproximação com a prática;
- Crie sua identidade profissional de acordo com as características que você valoriza, mas não perca de vista onde você está inserido;
- Desenvolva habilidade interpessoal e visão generalista.
Análise pessoal
Para realizar uma boa escolha profissional, é preciso que você se conheça muito bem.
Autoconhecimento envolve alguns aspectos a serem considerados para a tomada de decisão:
- Aptidão - facilidade para fazer certas coisas, disposição inata para realizar algo. É o ponto de partida para definir a escolha;
- Interesse - coisas de que gosta e principalmente aquelas das quais não se abre mão de jeito nenhum;
- Potencialidade - o que se poderá desenvolver;
- Competência - capacidades já desenvolvidas, considerando-se as aptidões, as habilidades;
- Limitações - usando de sinceridade, considere os seus limites;
- Sensibilidade - analise se você é observador visual, ou se percebe bem o som, o meio ambiente, se nota o comportamento das pessoas, a harmonia entre elas, se tem boa memória, se gosta de números, se tem sensibilidade gustativa capaz de distinguir sabores especiais, etc;
- Habilidades - relacione as coisas que você faz melhor ou pelo menos acredita que faz;
- Pergunte-se com o que gosta de trabalhar - animais, pessoas, números, dados, cores, meio ambiente, pesquisas, máquinas, comunicação, línguas;
- Agora, pergunte-se que tipo de trabalho gosta de executar - exploração, natureza, desenvolvimento, fabricação de produtos, prestação de serviços como ensinar, socorrer, informar, ajudar, comunicar;
- Analise os aspectos familiares e sociais - maior número de profissões existentes na família, influência dos pais, dos amigos, questão financeira, mercado de trabalho, mas não se esqueça de que a decisão é só sua.
Realidade profissional
Fonte - Guia das Profissões
As profissões são muitas e, para não se perder, relacione as que você pensou um dia em escolher, analisando bem os interesses que o levaram a escolher cada uma delas.
Procure por profissionais das determinadas áreas relacionadas e converse com eles, saiba muito sobre a sua rotina.
Procure também conhecer os perfis de um profissional e veja em qual deles você se encaixa:
- Agregador - está sempre pronto a ajudar, não tem problemas de relacionamento, sabe trabalhar em equipe, sabe ouvir, sabe aceitar sugestões e compartilha-las;
- Criativo - tem espírito criativo e inventivo, gosta do que é novo, está sempre buscando;
- Estrategista - é criterioso e age com cautela, estabelece objetivo a cumprir, define ações, gosta de planejar para por em prática;
- Empreendedor - tem uma visão ampla, geral do mundo, percebe além e cria oportunidades de negócios, está sempre atualizado, buscando novidades;
- Imediatista - procura sempre trabalhar com prazer, é ágil, impulsivo, gosta de resultados imediatos e está sempre a buscá-los;
- Líder - nem sempre o líder é o chefe, mas tem visão estratégica e sabe reunir para um trabalho de equipe, preocupando-se com os resultados. Procura sempre tirar proveito de recursos financeiros, tecnológicos ou do mercado.
Não existem profissões do futuro, existem, sim, profissionais do futuro.
O mercado de trabalho pede profissionais competentes, equilibrados, autoconfiantes, com iniciativa, que saibam lidar com surpresas, decididos, comunicativos e que saibam trabalhar em equipe, atenciosos, ativos, com formação contínua, e que saibam principalmente aprender a fazer.
O profissional deve ser polivalente, ético, flexível e com capacidade de adaptação. Por essas e outras, agora você já sabe: procure conhecer o maior número possível de profissões, conversar com profissionais, navegar na internet, ler revistas, jornais, informe-se o mais que puder.
Um outro aspecto que você deve considerar ao escolher uma profissão é a realização pessoal, porque quem gosta do que faz com certeza será sucesso. Por outro lado, quem escolhe uma profissão visando o ponto de vista financeiro, acaba se transformando em um profissional medíocre com grande dificuldade em conseguir uma colocação.