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Primeira noite do Simpósio sobre Reforma Agrária e Questões Rurais da Uniara tem discussão sobre sociedade e agricultura

Publicado em: 30/06/2016

O “VII Simpósio sobre Reforma Agrária e Questões Rurais”, promovido pelo Núcleo de Pesquisa e Documentação Rural - Nupedor e pelo Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente – DTMA do Centro Universitário de Araraquara – Uniara, promoveu uma discussão sobre sociedade e agricultura nesta quarta-feira, dia 29 de junho. O evento, que termina nesta sexta-feira, dia 1º de julho, é realizado na unidade I da instituição, localizada na rua Carlos Gomes, 1338, no Centro.

Na opinião de um dos componentes da mesa-redonda “Qual sociedade e qual agricultura queremos?”, o representante do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, Guilherme Delgado, para atingir os objetivos de se ter uma sociedade ideal, “é preciso confrontá-la com a que temos”. “Em minha perspectiva, penso em uma sociedade igualitária, que tenha sustentabilidade ambiental, na qual a produção e a produtividade sigam critérios distintos da economia estritamente mercantil de agronegócio. Seriam necessárias mudanças estruturais importantes para se chegar até lá. Penso que é um tipo de utopia, porém, realizável”, comentou.

O segundo convidado da mesa-redonda, conselheiro do Centro Tricontinental – CETRI e membro do Fórum Social Mundial, François Houtart, do Equador, pensa em “uma sociedade pós-capitalista, e não necessariamente pós-neoliberal, e em realizar as três principais funções da agricultura: produzir alimentação para toda a humanidade, participar da regeneração da Terra e promover o bem-estar dos trabalhadores do campo”. “Precisamos de um novo projeto, um novo paradigma de organização da sociedade, e a agricultura pode contribuir com isso. Assim, é necessário promover também a agricultura camponesa familiar e a indígena. Não temos encontrado isso nos países progressistas da América Latina até agora. É realmente necessária uma reflexão profunda”, alertou.

A coordenadora do Simpósio, Vera Lúcia Silveira Botta Ferrante, destaca que, neste ano, o evento trouxe como inovação a discussão da questão agrária na América Latina. “Estamos fazendo o encontro com muita dificuldade, já que houve um corte de verbas públicas federais. Tivemos um impacto bastante preocupante com o fechamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário, que beneficiava agricultores familiares”, explica.

A proposta das atividades, segundo ela, é discutir, além do tema central – “30 anos de assentamentos na Nova República: qual agricultura e qual sociedade queremos?” - e das questões agrárias na América Latina, as perspectivas da agroecologia, o ensino, pesquisa e extensão. “Como é possível essa formação conjunta? São discussões de boa parte do mundo e não é somente da área rural. Quando abordamos o assunto, estamos também trabalhando com as questões urbanas. Que sociedade queremos para que não falte alimentação, ou para que os produtores rurais sejam preservados? O que deve ser feito para que as populações indígenas guardem seus direitos, como as quilombolas? Tentamos construir tudo isso socializando conhecimentos”, aponta.

O andamento do Simpósio tem satisfeito a docente. “Estamos muito felizes. Percebemos que todas essas questões ainda encontram interlocutores e público. Não é somente uma questão do programa de pós-graduação em DTMA, mas de todos nós, latino-americanos”, finaliza.

A programação completa e outras informações sobre o “VII Simpósio sobre Reforma Agrária e Questões Rurais” estão disponíveis no endereço www.uniara.com.br/nupedor, no link “VII Simpósio”. Dúvidas podem ser sanadas pelo e-mail simposio.nupedor@gmail.com.

 

30/06, quinta-feira

14h30: Sessões de apresentação de trabalhos orais
19h30: Mesa-redonda 3: “30 anos de assentamentos rurais na nova república: um balanço dos impasses e perspectivas”
Atividade Cultural

01/07, sexta-feira

9h: Mesa-redonda 4: “Experiências de agroecologia em assentamentos: contrapontos”
12h30: Almoço
14h30: Sessões de apresentação de trabalhos orais
18h30: Mesa-redonda 5: “A experiência continuada de formação para a pesquisa e a extensão”
20h30: Encerramento

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