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NUPEDOR da Uniara apresenta relatório de projeto voltado a redes de abastecimento alimentar

Publicado em: 04/05/2018

Nesta quinta-feira, dia 3 de maio, o Núcleo de Pesquisa e Documentação Rural – NUPEDOR da Universidade de Araraquara – Uniara apresentou um relatório com resultados sobre o projeto “Do informal para o formal: uma investigação das redes de abastecimento alimentar territoriais”, promovido pela Universidade de Brasília – UnB, sob coordenação do professor Newton Narciso Gomes Junior. A atividade foi realizada na unidade I da Uniara, que é uma das colaboradoras da iniciativa, ao lado da Universidad de Buenos Aires – UBA.

“Reunimo-nos com a equipe de Brasília para discutirmos o andamento do projeto e analisarmos as convergências dos resultados para, a partir disso, definirmos seus encaminhamentos, tanto aqui quanto lá”, explica a pesquisadora do NUPEDOR, Laís Túbero Izidoro.

Ela conta que o relatório “mostrou os avanços na pesquisa em relação aos conhecimentos das feiras e aos canais de comunicação dos hortifrútis de Araraquara para verificar a resistência de comércios intermediários - mercadão, algumas feiras, quitandas etc - frente ao aumento dos supermercados”. “O que percebemos é que as feiras de produtores resistem na cidade, mesmo com o avanço dos supermercados, por conta da garantia do frescor do alimento e da relação de confiança com o consumidor. Muitos clientes compram produtos por conhecerem o produtor”, explica.

Em relação às feiras livres, Laís aponta que uma queda no número de produtores e clientes foi identificada. “Nesse caso, como a maior parte dos feirantes não produz, acaba competindo com supermercados em relação a preço e a qualidade do alimento. Assim, a entrada desses grandes estabelecimentos fez com que houvesse forte concorrência, e elas acabaram decaindo”, detalha.

Outra questão abordada foi a relevância dos ambulantes nos bairros mais periféricos. “Por conta de não terem equipamentos urbanos, como redes de abastecimento, esses ambulantes têm papel fundamental no que diz respeito a abastecer essa população com os hortifrútis. Outro ponto é que quem tem o hábito de comprar esses alimentos em grandes volumes é a população de faixa etária mais idosa. A hipótese dos feirantes com quem conversamos é a de que a geração mais jovem faz mais refeições fora de casa e, por isso, quando vai à feira, faz compra em menor quantidade, de modo que não representa um número expressivo”, esclarece a pesquisadora.

No período da tarde, o professor Gomes Junior apresentou dados do que está sendo desenvolvido em Brasília. “Eles pesquisaram mais sobre a feiras, dadas as suas dimensões – há algumas com duzentas barracas ou mais, por exemplo -, e colocaram algumas quantificações para que comparássemos com as daqui. Foi uma etapa de nivelamento e de sistematização de encaminhamentos futuros”, diz Laís.

Já nesta sexta-feira, dia 4, o NUPEDOR fez uma reunião para planejar ações em relação ao projeto, “como a definição de questionários e outros planos que sejam comuns aqui e em Brasília, para fazermos uma comparação mais assertiva”.

A coordenadora do NUPEDOR e do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente – PPG-DTMA da Uniara, Vera Lúcia Silveira Botta Ferrante, comenta que a pesquisa tem sido “uma experiência útil, do ponto de vista de como entendemos a produção do conhecimento”. “Sabe-se muito pouco sobre o perfil da comercialização de Araraquara. Ainda não há estudos sistemáticos sobre o assunto. Assim, esse projeto nos permite identificar isso e analisar onde estão os vazios alimentares, se estão sendo supridos por iniciativas do poder público, como os atravessadores desse processo atuam, se existe alguma fiscalização etc, além de termos dados sobre feiras, ambulantes, quitandas, varejões e outros estabelecimentos”, destaca.

“Novamente reafirmamos nosso compromisso em fazer pesquisas e investigações que possam trazer respostas ou subsídios para as políticas públicas. A pesquisa se soma a outras que fazemos nessa área, com uma colaboração que tem sido bastante benéfica com a UnB. Há muito trabalho pela frente, mas já temos resultados. É a compreensão de que a pesquisa precisa dar um retorno social e ser lema de nossas ações na pós-graduação”, finaliza Vera.

 

“Do informal para o formal: uma investigação das redes de abastecimento alimentar territoriais”

“O projeto busca analisar alternativas de comercialização que favoreçam a autonomia do produtor, uma produção diversificada e descentralizada, e a segurança alimentar. A intenção é dimensionar em que medida é importante aos produtores e consumidores estabelecerem relações de confiança. Desse modo, o objetivo central é mapear e analisar as alternativas de comercialização dos agricultores familiares a partir de experiências de grupos formais e informais, privilegiando-se cadeias curtas, ou seja, espaços locais em limites territoriais determinados”, esclarece Laís.

A relevância, segundo a pesquisadora, “se dá principalmente na possibilidade de se realizar um importante banco de dados sobre o circuito de comercialização dos hortifrútis do munícipio, algo que ainda não existe institucionalmente pela prefeitura”. “A pesquisa irá organizar e sistematizar informações sobre a integração entre produção familiar local e redes do pequeno comércio varejista. Do mesmo modo, poderão ser analisadas as principais barreiras para que a produção familiar passe a ser comercializada nesses estabelecimentos, possibilitando a proposição de iniciativas de parte do poder público local ou da extensão universitária para apoiar a superar esses gargalos”, afirma.

Ela aponta que será possível, ao término da pesquisa, dimensionar quali e quantitativamente cada estratégia de comercialização da agricultura familiar, “especialmente as cadeias curtas e as compras governamentais”.

Informações sobre o NUPEDOR da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br/nupedor ou pelo telefone 0800 55 65 88.

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