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Nosso planeta: você cuida dele como deveria?

Publicado em: 20/04/2018

Teríamos motivos para celebrar, neste domingo, dia 22 de abril, o Dia Internacional da Terra? Como andam as práticas que objetivam a preservação do planeta? Na opinião do professor do curso de Biologia da Universidade de Araraquara – Uniara, Olavo Nardy, ainda é cedo para se comemorar a data.

“Uma coisa boa que vemos, ao longo do tempo, é que cada vez mais as pessoas têm a noção de querer um ambiente e uma qualidade de vida melhores. Porém, infelizmente, elas ainda não praticam esse discurso. Existem expectativas de ideias que estão entrando na cabeça, mas que precisam se tornar uma cultura. Não percebermos que a humanidade é uma só e, se mudarmos demais o mundo, não significa que somos pessoas boas, mas que estamos alterando o planeta para uma situação da qual não nos originamos. Então, talvez nós mesmos não sobrevivamos se o mudarmos muito. Precisamos a começar a repensar essas condições”, comenta o docente.

Em sua visão, atualmente, o que mais preocupa, em relação à degradação da Terra, é o mau uso dos recursos naturais. “Vivenciamos, no estado de São Paulo, há poucos anos, principalmente na região da capital, uma crise hídrica. Todas as prefeituras gastam muito dinheiro em estações de tratamento de água, para fornecê-la com qualidade, nas residências, no entanto, é utilizada para limpar a calçada ou tirar a poeira do carro, por exemplo. Penso que exageramos nisso, portanto, primeiramente, precisamos ter consciência sobre a redução de consumo de recursos, que são muito caros, inclusive”, aponta.

A poluição da água e, consequentemente, as mudanças climáticas são, segundo Nardy, “situações que só conseguiremos reverter com uma conscientização que precisa ser do indivíduo, e não uma imposição da sociedade como uma política pública ou um contrato internacional”. “Infelizmente, se alguns países não conseguem perceber isso, nós, que desejamos essas coisas, sofremos, pois fazemos nossa parte e não recebemos benefício do qual estamos nos privando. E se você não faz o que tem como ideal, por que os outros o farão?”, lamenta.

Para o professor, “falar sobre desenvolvimento sustentável e ter pensamento ecológico é muito mais bonito do que praticar essas ações”. “É muito difícil ver pessoas que realmente querem viver com esse ideal, mesmo porque nossa sociedade não prega isso. Assim, quem opta por consumir produtos orgânicos comprados em um lugar sócio-ambientalmente correto é visto como um estranho. Então, o discurso é bonito, mas a execução disso em pequenas iniciativas ainda é rara”, diz.

Uma atitude para ajudar na preservação do planeta já é bastante conhecida, de acordo com o docente: não jogar lixo nas ruas. “Hoje, temos uma estimativa de que 40% a 50% da poluição das águas vem do que chamamos poluição difusa, que se dá quando as chuvas acabam levando a sujeira até os rios. Jogar um papel de bala ou um copinho plástico no chão é perigoso, pois, se não forem retirados antes da chuva, terão esse destino. Hoje, por exemplo, para o rio Tietê, estima-se que a poluição difusa é de cerca de 50%. Assim, mesmo que tivéssemos o tratamento de todas as águas de esgoto clandestino que chegam a ele, ainda teríamos esse problema. Portanto, podemos guardar embalagens no bolso e, quando encontrarmos um lixo, descartamos esses materiais”, ressalta.

Nardy lembra que também é importante separar o lixo orgânico do que é reciclável. “Isso gera uma grande diferença para o meio ambiente. A latinha de alumínio é quase 100% revertida em nova produção, ou seja, a cada um quilo que é reciclado, é uma proporção menor de terra que precisa ser minerada para sua fabricação, e isso pode evitar a invasão em áreas de mata”, explica.

Ao longo da sua carreira na área ambiental, que começou em 1989, quando começou a trabalhar em ONGs, ainda no colegial, o docente conta que algumas frases que ouviu o marcaram. “Uma delas é a de que o ser humano é a única espécie que consegue se identificar como espécie. Embora nunca tenhamos visto uma determinada pessoa de outro país, sabemos que é de nossa espécie e, assim, precisamos enxergá-la como uma de nós. Se conseguirmos fazer isso, veremos que, gerando mal ao nosso ambiente, isso poderá se refletir para qualquer outro indivíduo no mundo”, comenta.

Outra frase que Nardy leva em suas memórias “é que precisamos parar de querer deixar um mundo melhor para nossos filhos, mas, sim, deixar filhos melhores para nosso mundo”. “O que não podemos é desistir de querer um mundo melhor, e buscar sempre fazer isso por meio de nossas atitudes”, finaliza.

Informações sobre o curso de Biologia da Universidade de Araraquara – Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.



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