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Ter animais de estimação demanda mais higiene do que se pensa

Publicado em: 11/03/2016

Ter animais de estimação exige inúmeros cuidados, tanto com eles, quanto com seus donos. A higiene é imprescindível para se evitar doenças e outros problemas, segundo o professor dos cursos de saúde do Centro Universitário de Araraquara – Uniara, Adilson César Abreu Bernardi.

Ele lembra que, hoje em dia, há uma tendência de o ser humano ter um animal doméstico e ter uma convivência cada vez mais próxima com ele. “Percebemos o aumento do número de pets e de vendas de cachorros e gatos, além de animais exóticos. É uma característica do indivíduo relacionar-se com eles. Atualmente, o homem acabou dividindo sua parte emocional com os bichinhos. Assim, os tornaram-se parte integrante da família, sem mais ficar no quintal. Pode-se viver junto, mas tomando cuidados de higiene. É necessário que os animais tenham um ambiente próprio”, comenta.

A relação de proximidade fica mais intensa, de modo que o pet participa mais da família. Com isso, a questão da limpeza torna-se mais evidente. “O animal também defeca e urina. Isso acaba acarretando problemas de contaminação em toda área do imóvel. As fezes apresentam bactérias, e então, o animal se lambe nessas regiões de seu corpo e, muitas vezes, vem lamber nosso rosto, o que traz essas contaminações. As pessoas também têm o hábito de dormir com seus animais de estimação, porém, por mais que sejam limpos, têm seus hábitos próprios”, aponta o professor.

Essa convivência pode prejudicar também o bicho de estimação. “Muitas vezes, isso traz malefícios ao animal, que perde algumas de suas características. Há uma tendência que desenvolvam algumas doenças, de cunho emocional, ou de pele e pelo, o que pode acarretar problemas mais graves”, alerta Bernardi.

Sobre a alimentação do animal, muitas pessoas usam o mesmo talher ou passam comida de sua boca à dele. “Isso não é saudável, pois transferem algumas carências emocionais também”, diz.
A pelagem também é um problema. “Algumas pessoas são alérgicas, sendo que tapetes e carpetes acabam contaminados. Consequentemente, isso é matéria orgânica para o desenvolvimento de alguns tipos de fungos, ácaros e outros microrganismos. A casa precisa ser limpa com maior frequência”, recomenda.

Mesmo quem cuida bem deve ficar atento. “O animal vive com o indivíduo, de maneira que não fica tão sujo, mas como ele caminha no próprio ambiente onde defeca, por exemplo, ou se é levado para passear, as patas ficam sujas. O mal cheiro acaba atraindo insetos como moscas. É necessário haver uma frequência de eventos de higiene, dependendo da sujidade do ambiente onde fica, como tomar banho ao menos uma vez por semana. Os pets têm produtos próprios para reduzir essa carga de microrganismos”, coloca o docente.

Os cuidados também devem se estender a pássaros como calopsitas e papagaios. “As pessoas dão beijos ou os colocam perto de seus rostos, sendo que esses animais albergam microrganismos específicos que nos fazem mal. Existem algumas bactérias que vivem na pelagem ou nas fezes, e acabamos inalando-as. Elas vão ao nosso pulmão e podem trazer problemas graves. Isso, em uma residência com crianças, idosos ou indivíduos debilitados, pode trazer consequências ainda mais sérias”, ressalta.

Outro problema acontece em relação a animais exóticos, como iguanas e serpentes. “Eles são colocados em viveiros, sendo que albergam, por exemplo, salmonela, uma bactéria que traz risco de infecção intestinal alimentar. Eles defecam no ambiente e o indivíduo brinca com eles, coloca a mão na boca ou no alimento que está preparando depois, de modo que se contaminam”, detalha o professor.

Bernardi coloca que ter um animal é importante, mas manter a higiene é mais ainda. “O animal precisa estar em um ambiente limpo para que seja saudável. É importante também que se siga o calendário de vacinação dos bichos de estimação. Há também o problema da doença do carrapato, sendo que, se o animal não é bem tratado, há uma bactéria que vive nesse carrapato e que transmite doenças como febre maculosa, o que pode levar à morte”, diz.

Ao adquirir um bicho de estimação, deve-se arcar com as responsabilidades. “É preciso levá-lo ao veterinário e dar os medicamentos devidos. As pessoas alegam que são coisas caras ou têm suas tarefas do dia a dia, e vão deixando esses cuidados de lado. Se você tem um animal, cuide dele”, finaliza.

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