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Evento sobre atenção primária à saúde, que envolve a Uniara, ressalta a especialidade de residência de Medicina de Comunidade e Família

Publicado em: 08/03/2024

O evento científico “Fortalecendo a Atenção Primária à Saúde no Brasil: Estratégias e Experiências de Sucesso”, realizado nesta quinta-feira, dia 7 de março, no Distrito Araraquara (antigo Centro de Eventos de Araraquara e Região – CEAR), levou conhecimento acerca da especialidade de residência de Medicina de Comunidade e Família. Promovido pela coordenação do Programa de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade - PRMMFC de Araraquara, que envolve a Universidade de Araraquara – Uniara, a Santa Casa do município e a Secretaria Municipal de Saúde – SMS, o evento contou com diversos convidados especialistas da área e autoridades.

A abertura ficou por conta da do Coral e da Orquestra Filarmônica Experimental Uniara, regidos pelo maestro Rogério Toledo. Além de algumas canções, o grupo executou o Hino Nacional Brasileiro.

“Nossa residência é um sonho de como a medicina de família conseguiu transformar a rede de saúde. Todos os anos, organizamos uma pequena inaugural. Era para ser algo pequeno, mas tomou proporções de uma grandiosidade muito expressiva. Trouxemos a Araraquara o Ministério da Saúde, por meio de sua Secretaria de Atenção Primária e de sua Secretaria de Gestão do Trabalho, a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, e a Associação Paulista de Medicina de Família e Comunidade, além de vários palestrantes. Também exibimos o documentário ‘Quando falta o ar’, que foi exibido em poucas salas de cinema do país. Foi um evento para quase setecentas pessoas”, conta o professor do curso de Medicina da Uniara, Supervisor do PRMMFC de Araraquara e coordenador da comissão organizadora, Phelipe Calixto.

A ideia, segundo ele, foi proporcionar um evento científico de qualidade e o contato presencial com palestrantes. “Foi uma oportunidade de trazermos para dentro da academia a valorização da especialidade Medicina de Família e Comunidade, mas mais do que isso, fortalecer toda uma rede de cuidado, trazendo esses profissionais para capacitação e para ouvirem sobre as próximas políticas públicas para o cuidado que fazemos todo dia. Quando fazemos isso, não melhoramos só para as pessoas que estão no evento, mas cuidamos melhor das pessoas que estão ‘na ponta’, os nossos pacientes”, diz.

O prefeito municipal Edinho Silva abordou a relevância da especialidade e o atendimento por parte desses profissionais. “Eu acredito na Saúde da Família, eu acredito na saúde comunitária. E não é crença pela crença. Penso que só há uma forma de transformarmos em saúde e, mais do que isso, doença em saúde com dignidade. É preciso trabalhar a integralidade da pessoa humana, fazer com que o ser humano seja processo e não um mero objeto, que o ser humano seja controlador do processo da sua saúde ou mesmo do processo em que ele vença a doença, para que ele não seja tratado como alguém que tem o todo poderoso que diz o que ele tem que fazer. Não, ele tem que entender o processo de saúde como sendo o processo dele, ele tem que acreditar naquilo que está fazendo e tem que se sentir parte do processo de construção da sua própria saúde. Trabalhar com Saúde da Família é uma escolha de vida e não só um diploma. E essa escolha de vida pressupõe empatia. Não existe Saúde da Família sem empatia e sem o exercício de se pôr no lugar do outro”, destaca.

A Secretária Municipal de Saúde de Araraquara e professora do curso de Medicina da Uniara, Eliana Aparecida Mori Honain, coloca que o evento teve importância fundamental. “Só teremos saúde se tivermos uma atenção básica fortalecida. O desafio é formar profissionais com esse perfil. A atenção básica tem o compromisso de resolver 80% dos problemas de saúde. Quanto mais forte for a atenção básica, menor será a demanda por exames e internações e, consequentemente, diminuiremos muito o número de óbitos”, aponta.

Ela aproveita para agradecer a parceria da Uniara para levar os alunos ao encontro “porque é fundamental a sensibilização e a formação de todos os profissionais que atuarão na saúde, para o compromisso e a resolubilidade da atenção básica”. “A Uniara tem sido uma grande parceira. Mudou a saúde com o curso de Medicina da universidade. O grande número de profissionais que hoje atuam na nossa rede, é formado pela Uniara. Isso tem feito um grande diferencial para o município”, declara.

A Presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, Zeliete Zambom, reforça que o evento “é muito importante porque fala sobre as residências de medicina de família e comunidade”. “A residência médica é o padrão ouro de formação de especialistas médicos, e vimos de uma luta constante para valorizar essa residência. Por isso, é muito importante fazermos aberturas dos programas de residência, trazendo toda a comunidade para entender o que é uma formação médica e porque esse especialista é necessário para o Sistema Único de Saúde - SUS e para a atenção primária à saúde”, salienta.

Um dos pilares da formação médica é a humanização, de acordo com ela. “A especialidade de medicina de família e comunidade tem como base fazer medicina centrada na pessoa, então, ela tem que estar não somente na residência médica, mas estar desde a graduação, do primeiro ano, com uma formação transversal desse novo médico que queremos”, afirma.

A presidente da Associação Paulista de Medicina de Família e Comunidade, Natália Cristina Araújo de Oliveira, ressalta que “viemos para ajudar esse momento, que é tão especial, da chegada dos nossos residentes, mas também para contribuir porque pretendemos fazer o Congresso Paulista de Medicina de Família e Comunidade em Araraquara, em novembro”. “Esse tema é o que nos norteia. Acreditamos que a atenção primária é a melhor estratégia para a produção de saúde para a nossa população, inserida dentro do SUS, e que o médico especialista em medicina de comunidade seja o principal profissional a atuar nesse lugar”, avalia.

A residência é a melhor maneira de formar o profissional na área de saúde, segundo Oliveira. “Atuamos na prática e na teoria, trazendo os principais conceitos que são importantes para a formação desse profissional. A residência traz um ganho não só para quem está se formando, mas para toda a instituição que está envolvida nesse processo, seja a prefeitura, as universidades ou os próprios profissionais que já atuam há um tempo e entram em contato com essas pessoas que estão dispostas a aprenderem e qualificarem mais ainda o serviço. Esse incentivo é muito importante para garantirmos a qualidade não só na formação, mas também no atendimento ao público”, salienta.

A coordenadora do curso de Medicina da Uniara, Cynthia Arruda Mauro Piratelli, menciona que “a universidade, por meio da graduação, e de um programa de residência Médica em Medicina de Família e Comunidade, está completamente preparada para inserir esses profissionais no mercado de trabalho”. “Além de fazer parte da nossa ideação filosófica de curso de Medicina, também faz parte de uma aspiração do Governo Federal, do Ministério da Saúde e da Prefeitura Municipal de Araraquara, que essa atenção básica seja essencialmente fortalecida não só pela qualificação médica, mas de todos os profissionais da saúde, que conheçam as políticas públicas de saúde”, explica.

Essa questão, de acordo com a docente, é bastante trabalhada na graduação e no programa de residência médica, “como uma extensão da graduação”. “Vejo a Uniara, hoje, como um centro formador de excelência desses médicos, cumprindo seu papel de universidade, com uma integração ensino-serviço de excelência, e selando sempre nosso compromisso com a vida de Araraquara. A comunidade ganha porque inserimos no mercado esses profissionais que estão qualificados, preparados para fazerem um atendimento, além de humanizado, que conheça as demandas específicas da comunidade, e que possa atuar em todos os níveis de atenção”, finaliza Piratelli.

Informações sobre o curso de Medicina da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.

 

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